quinta-feira, 11 de setembro de 2014

DIMINUA SEU SOFRIMENTO EMOCIONAL!!!

Durante a nossa vida, todos sem excepção experimentamos a realidade do sofrimento emocional. Certamente, cada um de nós terá as suas razões. Não é saudável ignorar as causas reais de acontecimentos de elevado impacto. Sentir é uma condição humana. Estamos geneticamente equipados para sentir emoções ligadas a acontecimentos que percepcionamos como ruins, como por exemplo a perda, dor, solidão, fome, ausência de abrigo, desprezo, injustiça, desilusão, decepção, entre outros.Esse é o tipo de sofrimento emocional considerado desnecessário, e que tanta dor trás a muitos de nós.

Em grande parte, independentemente das razões de cada pessoa, na base do sofrimento emocional está o MOVIMENTO DO PENSAMENTO. Sempre que viajamos no nosso passado, trazendo isso, para uma relação afetiva ou amorosa, ás vezes acontece de fazermos comparações depreciativas, ou para nos focarmos em memórias que nos fazem disparar a tristeza ou nos reforçam o sentimento de incapacidade ou derrota, sofremos com isso. Na minha concepção, nos movimentamos constantemente numa linha de tempo que é constituída pelo passado, presente e futuro. E não podemos fugir disso!
Não seríamos funcionais se não recordássemos as nossas experiências, nem teríamos uma vida significativa se não tivéssemos perspectiva de futuro. O que importa é saber caminhar nesta linha temporal, sem nos confundirmos com ela, sem nos fundirmos ou resumirmos a ela, e perceber que temos a capacidade de criar hábitos mentais que permitem nos libertar do sofrimento projetado pelas nossas mentes sempre que ficamos a viver o filme mental do passado ou do futuro e trazemos “esse” sofrimento para o presente.

Apresento a vocês, mediante muita leitura e estudos de caso já constatados por mim,alguns passos em que pretendo ensinar habilidades práticas para alterar os estados mentais dolorosos antes que eles possam tomar o controle e prejudicar a sua vida.


1.0 SE LIBERTE DAS HISTÓRIAS DE SOFRIMENTO


Todos somos contadores de histórias acerca das nossas experiências. A forma como narramos os acontecimentos de impacto negativo, tem enorme influência na forma como posteriormente olhamos a vida. Mas o que significa isso,Bruna??

Significa que, á medida com que narramos nossas histórias de vida,tem total e plena influência em como "nos vemos" ou, nos avaliamos. Costumamos,naturalmente,e quando digo naturalmente, significa que isso nos é natural,é natural do "ser humano" ; que sempre tentamos justificar nossos devaneios,erros,seja lá como quisermos nomear, sempre tentamos justificar isso, acusando outras pessoas. Porque é difícil admitir-mos nossos enganos. Então,devemos nos policiar,porque a medida que narramos os fatos de nossas vidas,estamos nos "vitimizando".
Quando isso acontece, construímos um cenário mental 
catastrófico que apenas passa tudo o que de errado aconteceu ou vai acontecer com você.



2.0 SE MANTENHA NO MOMENTO PRESENTE


Sempre que você estiver a vaguear num mar de pensamentos recorrentes de angústia, decepção, tristeza profunda, e sentir que o seu sofrimento disparou, traga o seu pensamento para o momento presente. Abandone o movimento do pensamento e mantenha-o no momento presente, fixando a atenção em algo que esteja a fazer, ou simplesmente na sua respiração. Faça isso. Abandone o julgamento do seu passado, deixe por momentos de projetar-se no futuro, FIQUE CONSIGO!


3.0 SINTA O SEU CORPO



Tome consciência do seu corpo. Entre em sintonia com as sensações do seu corpo. Utilize o passo anterior. Abrace o momento presente, e foque a sua atenção nas sensações que o seu corpo lhe proporciona. Por vezes podem ser sensações desagradáveis, mesmo assim tente perceber a sua localização para que conscientemente possa aliviar o incómodo. Se forem boas sensações, geralmente são, por exemplo, a sensação de uma xícara de chá, ou do cabelo ao vento, ou do sol no rosto, o aconchego de um abraço. o seu corpo pode ser uma porta de entrada para a tomada de consciência de alguns hábitos que podem aliviar o seu sofrimento.No exato momento que fica com as suas sensações corporais, o seu pensamento deixou de movimentar-se. A sua mente está ocupada com a contemplação das boas sensações.


4.0 ACEITAR SEUS SENTIMENTOS DESAGRADÁVEIS



Uma das condições humanas é sermos sensíveis. Temos a capacidade de sentir um alargado leque de emoções. Umas gostamos, são prazerosas, e outras detestamos, são desagradáveis. Mas, não podemos não sentir as que não gostamos. Por isso, importa reconhecer os seus sentimentos desagradáveis, como a raiva, a tristeza, a inveja ou a preocupação excessiva e tratá-los de maneira amigável, como algo que se expressa no seu corpo. Para que este exercício possa ser possível de realizar você tem de entender que não é os seus sentimentos. Você tem de entender que existem sentimentos que se manifestam em você, mas que nem sempre tem de julgar ser aquilo que está sentindo. Quando você ouve o som do sino da igreja, sabe perfeitamente bem que não é o som que o sino imite. No entanto, ele expressa-se no seu corpo. Assim funcionam alguns dos nossos sentimentos. Precisamos aceitá-los, mas não temos de nos fundirmos a eles, julgando ser o que sentimos. Reconhecer a presença de uma experiência desagradável é em si um momento de tomada de consciência daquilo que está acontecendo em nós ou fora de nós. Aceite os seus sentimentos desagradáveis, não lute contra eles, essa é uma luta inglória. Depois distancie-se o suficiente dos seus sentimentos para que possa deixar de reagir e tomar ações em consciência.


5.0 ESSE É MUITO IMPORTANTE: PRATIQUE A AUTOCOMPAIXÃO



Autocompaixão significa ser razoável consigo mesmo, praticando a generosidade e simpatia. Não é autopiedade, mas sim um reconhecer e aceitar a sua condição humana, a sua imperfeição e possibilidade de sofrimento. No fundo, ser empático com você, do mesmo jeito que seria para o seu melhor amigo ou parceiro.


6.0 ABANDONE A INVEJA E O RESSENTIMENTO 



Estes dois estados mentais são a fonte de sofrimento para muitos de nós. Ser capaz de se sentir “alegria apreciativa” pela sorte e boa fortuna dos outros pode ser preciso muita prática. Tente perceber o que os outros fazem ou fizeram para serem bem sucedidos, e mesmo que depois dessa análise não entenda o porquê, aceite. Relativamente ao ressentimento de algo ou de alguém, tente perceber o que esse sentimento lhe está querendo dizer. Que valor está na base do seu ressentimento, o que isso diz acerca de você mesmo. Depois, se puder fazer algo para minimizar os danos colaterais associados ao ressentimento, faça. Se acha não poder fazer nada, ou não quer fazer nada, leve em consideração que o sentimento de ressentimento existe em você e não nos outros ou nas coisas. É você que está a prejudicar-se agindo ressentido, e não os outros. A parte mais difícil é tomar a DECISÃO DE DEIXAR IR EMBORA OS SEUS RESSENTIMENTOS . Utilizo a ideia de “DEIXAR IR”, porque trata-se disso mesmo, se cada vez que esse pensamento ou imagem de ressentimento lhe surgir na mente, se não focar a sua atenção nele, se não o alimentar através do foco na recordação do acontecimento angustiante, ele acaba por desaparecer.


7.0 DEIXE DE JULGAR OS OUTROS



Avaliar os outros não é a mesma coisa que julgar os outros. Avaliar é um ato que pode ser considerado neutro, uma habilidade que é necessário para a sobrevivência e adequação à vida. Julgar, pode tornar-nos rígidos na forma de pensar, querendo que as coisas sejam da forma que julgamos que deveriam ser. “Ele está gordo, deveria perder peso” ou  “Ele é uma pessoa imprudente.” Na base do não julgamento está o respeito pelos outros, pelas suas opiniões, formas de estar na vida, e até mesmo sobre o seu passado e condições de vida. Podemos não apreciar ou até mesmo não gostar de algo ou de alguém, mas não temos necessariamente de julgar à luz dos nossos olhos. Quando julgamos impunentemente, estamos constantemente a direcionar a nossa atenção para estímulos que nos causam mal-estar, e com isso alguma forma de DOR EMOCIONAL.


Espero que gostem,e leiam com calma,compreendendo linha por linha. Tenho certeza que irá contribuir de forma muito significativa para cada um de vocês,queridos leitores.

Paz e Luz ...


Att: Bruna Rezende Simões