terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Selfie"


As "Selfies" já fazem parte do nosso dia a dia. Registrar a própria imagem em um bom  ângulo e postar na rede se tornou tão comum que poucos ainda não se renderam a essa forma de estar presente no seu círculo virtual. Mas, o que chama a atenção é que de algum tempo para cá as selfies tem crescido excessivamente demonstrando uma fixação em sim mesmo.
Será que há algo por trás desse comportamento? O que estimula as pessoas a ficarem tão preocupadas com a própria imagem?


De alguma forma receber várias curtidas, chamar a atenção e ser admirado faz com que as pessoas busquem mais e mais por isso, parece haver um desejo pelo olhar constante do outro. E não é só em relação aos bonitos, há espaço para vários estilos: os charmosos, os criativos, os nerds, os cultos.. A questão não é o que, mas a necessidade em parecer alguma coisa, impressionar o outro, chamar a atenção, independente se é adequado ou não. As selfies dos velórios demonstram que mais importante do que estar no velório e mostrar para os outros que está.
Excesso de autoestima?
A autoestima é a confiança no próprio potencial, a certeza da capacidade de enfrentar os desafios da vida, a consciência do próprio valor e do direito ao sucesso e à felicidade. (CERQUEIRA, 2004).
Lendo essa definição de autoestima podemos fazer uma nova reflexão. Será que as pessoas que estão muito preocupadas com o olhar do outro confiam tanto no próprio potencial? Quando precisamos constantemente da afirmação e da “curtida” do outro para sentir alguma satisfação, algo está equivocado. Estamos olhando cada vez mais para fora, ao invés de olhar para dentro, e isso reforça o sentimento de insegurança em si mesmo.
Isso quer dizer que esse movimento exagerado ao invés de demonstrar que as pessoas estão seguras e felizes consigo mesmas mostram, na verdade, o contrário. Uma auto insatisfação constante e a necessidade de parecer, muito maior do que a necessidade de realmente ser.
O risco é alto quando colocamos todas as fichas na aceitação do outro. Pois as outras pessoas podem não se importar, não curtir, não responder, não gostar. Nessa hora surge o sentimento de rejeição e inadequação. Para responder a essa inadequação as pessoas buscam novas formas de aparecer e chamar ainda mais a atenção.
E o que fazer,Bruna?
A resposta é muito clara, queridos leitores.
O caminho para construir a verdadeira autoestima é totalmente inverso. Conhecer a nós mesmos e nos aceitarmos nos fortalece como indivíduos. É preciso coragem para olhar para si mesmo, ver as forças e as fraquezas, e ser generosos com isso, reconhecendo que toda a humanidade tem suas vulnerabilidades.
Por trás da beleza, do dinheiro, do status, da intelectualidade, há uma parte frágil querendo se esconder, as pessoas precisam ter espaço para mostrar sua fragilidade humana. Essa era da perfeição só colabora para mais ansiedade e sentimento de inferioridade.
Só através do autoconhecimento podemos receber quem nós somos, e assim se formos curtidos ou não, seja na rede social ou na vida, podemos seguir leves, pois escolhemos mostrar aquilo que, primeiramente, faz sentido e é coerente para nós mesmos.

Att: Bruna Rezende Simões

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

DIMINUA SEU SOFRIMENTO EMOCIONAL!!!

Durante a nossa vida, todos sem excepção experimentamos a realidade do sofrimento emocional. Certamente, cada um de nós terá as suas razões. Não é saudável ignorar as causas reais de acontecimentos de elevado impacto. Sentir é uma condição humana. Estamos geneticamente equipados para sentir emoções ligadas a acontecimentos que percepcionamos como ruins, como por exemplo a perda, dor, solidão, fome, ausência de abrigo, desprezo, injustiça, desilusão, decepção, entre outros.Esse é o tipo de sofrimento emocional considerado desnecessário, e que tanta dor trás a muitos de nós.

Em grande parte, independentemente das razões de cada pessoa, na base do sofrimento emocional está o MOVIMENTO DO PENSAMENTO. Sempre que viajamos no nosso passado, trazendo isso, para uma relação afetiva ou amorosa, ás vezes acontece de fazermos comparações depreciativas, ou para nos focarmos em memórias que nos fazem disparar a tristeza ou nos reforçam o sentimento de incapacidade ou derrota, sofremos com isso. Na minha concepção, nos movimentamos constantemente numa linha de tempo que é constituída pelo passado, presente e futuro. E não podemos fugir disso!
Não seríamos funcionais se não recordássemos as nossas experiências, nem teríamos uma vida significativa se não tivéssemos perspectiva de futuro. O que importa é saber caminhar nesta linha temporal, sem nos confundirmos com ela, sem nos fundirmos ou resumirmos a ela, e perceber que temos a capacidade de criar hábitos mentais que permitem nos libertar do sofrimento projetado pelas nossas mentes sempre que ficamos a viver o filme mental do passado ou do futuro e trazemos “esse” sofrimento para o presente.

Apresento a vocês, mediante muita leitura e estudos de caso já constatados por mim,alguns passos em que pretendo ensinar habilidades práticas para alterar os estados mentais dolorosos antes que eles possam tomar o controle e prejudicar a sua vida.


1.0 SE LIBERTE DAS HISTÓRIAS DE SOFRIMENTO


Todos somos contadores de histórias acerca das nossas experiências. A forma como narramos os acontecimentos de impacto negativo, tem enorme influência na forma como posteriormente olhamos a vida. Mas o que significa isso,Bruna??

Significa que, á medida com que narramos nossas histórias de vida,tem total e plena influência em como "nos vemos" ou, nos avaliamos. Costumamos,naturalmente,e quando digo naturalmente, significa que isso nos é natural,é natural do "ser humano" ; que sempre tentamos justificar nossos devaneios,erros,seja lá como quisermos nomear, sempre tentamos justificar isso, acusando outras pessoas. Porque é difícil admitir-mos nossos enganos. Então,devemos nos policiar,porque a medida que narramos os fatos de nossas vidas,estamos nos "vitimizando".
Quando isso acontece, construímos um cenário mental 
catastrófico que apenas passa tudo o que de errado aconteceu ou vai acontecer com você.



2.0 SE MANTENHA NO MOMENTO PRESENTE


Sempre que você estiver a vaguear num mar de pensamentos recorrentes de angústia, decepção, tristeza profunda, e sentir que o seu sofrimento disparou, traga o seu pensamento para o momento presente. Abandone o movimento do pensamento e mantenha-o no momento presente, fixando a atenção em algo que esteja a fazer, ou simplesmente na sua respiração. Faça isso. Abandone o julgamento do seu passado, deixe por momentos de projetar-se no futuro, FIQUE CONSIGO!


3.0 SINTA O SEU CORPO



Tome consciência do seu corpo. Entre em sintonia com as sensações do seu corpo. Utilize o passo anterior. Abrace o momento presente, e foque a sua atenção nas sensações que o seu corpo lhe proporciona. Por vezes podem ser sensações desagradáveis, mesmo assim tente perceber a sua localização para que conscientemente possa aliviar o incómodo. Se forem boas sensações, geralmente são, por exemplo, a sensação de uma xícara de chá, ou do cabelo ao vento, ou do sol no rosto, o aconchego de um abraço. o seu corpo pode ser uma porta de entrada para a tomada de consciência de alguns hábitos que podem aliviar o seu sofrimento.No exato momento que fica com as suas sensações corporais, o seu pensamento deixou de movimentar-se. A sua mente está ocupada com a contemplação das boas sensações.


4.0 ACEITAR SEUS SENTIMENTOS DESAGRADÁVEIS



Uma das condições humanas é sermos sensíveis. Temos a capacidade de sentir um alargado leque de emoções. Umas gostamos, são prazerosas, e outras detestamos, são desagradáveis. Mas, não podemos não sentir as que não gostamos. Por isso, importa reconhecer os seus sentimentos desagradáveis, como a raiva, a tristeza, a inveja ou a preocupação excessiva e tratá-los de maneira amigável, como algo que se expressa no seu corpo. Para que este exercício possa ser possível de realizar você tem de entender que não é os seus sentimentos. Você tem de entender que existem sentimentos que se manifestam em você, mas que nem sempre tem de julgar ser aquilo que está sentindo. Quando você ouve o som do sino da igreja, sabe perfeitamente bem que não é o som que o sino imite. No entanto, ele expressa-se no seu corpo. Assim funcionam alguns dos nossos sentimentos. Precisamos aceitá-los, mas não temos de nos fundirmos a eles, julgando ser o que sentimos. Reconhecer a presença de uma experiência desagradável é em si um momento de tomada de consciência daquilo que está acontecendo em nós ou fora de nós. Aceite os seus sentimentos desagradáveis, não lute contra eles, essa é uma luta inglória. Depois distancie-se o suficiente dos seus sentimentos para que possa deixar de reagir e tomar ações em consciência.


5.0 ESSE É MUITO IMPORTANTE: PRATIQUE A AUTOCOMPAIXÃO



Autocompaixão significa ser razoável consigo mesmo, praticando a generosidade e simpatia. Não é autopiedade, mas sim um reconhecer e aceitar a sua condição humana, a sua imperfeição e possibilidade de sofrimento. No fundo, ser empático com você, do mesmo jeito que seria para o seu melhor amigo ou parceiro.


6.0 ABANDONE A INVEJA E O RESSENTIMENTO 



Estes dois estados mentais são a fonte de sofrimento para muitos de nós. Ser capaz de se sentir “alegria apreciativa” pela sorte e boa fortuna dos outros pode ser preciso muita prática. Tente perceber o que os outros fazem ou fizeram para serem bem sucedidos, e mesmo que depois dessa análise não entenda o porquê, aceite. Relativamente ao ressentimento de algo ou de alguém, tente perceber o que esse sentimento lhe está querendo dizer. Que valor está na base do seu ressentimento, o que isso diz acerca de você mesmo. Depois, se puder fazer algo para minimizar os danos colaterais associados ao ressentimento, faça. Se acha não poder fazer nada, ou não quer fazer nada, leve em consideração que o sentimento de ressentimento existe em você e não nos outros ou nas coisas. É você que está a prejudicar-se agindo ressentido, e não os outros. A parte mais difícil é tomar a DECISÃO DE DEIXAR IR EMBORA OS SEUS RESSENTIMENTOS . Utilizo a ideia de “DEIXAR IR”, porque trata-se disso mesmo, se cada vez que esse pensamento ou imagem de ressentimento lhe surgir na mente, se não focar a sua atenção nele, se não o alimentar através do foco na recordação do acontecimento angustiante, ele acaba por desaparecer.


7.0 DEIXE DE JULGAR OS OUTROS



Avaliar os outros não é a mesma coisa que julgar os outros. Avaliar é um ato que pode ser considerado neutro, uma habilidade que é necessário para a sobrevivência e adequação à vida. Julgar, pode tornar-nos rígidos na forma de pensar, querendo que as coisas sejam da forma que julgamos que deveriam ser. “Ele está gordo, deveria perder peso” ou  “Ele é uma pessoa imprudente.” Na base do não julgamento está o respeito pelos outros, pelas suas opiniões, formas de estar na vida, e até mesmo sobre o seu passado e condições de vida. Podemos não apreciar ou até mesmo não gostar de algo ou de alguém, mas não temos necessariamente de julgar à luz dos nossos olhos. Quando julgamos impunentemente, estamos constantemente a direcionar a nossa atenção para estímulos que nos causam mal-estar, e com isso alguma forma de DOR EMOCIONAL.


Espero que gostem,e leiam com calma,compreendendo linha por linha. Tenho certeza que irá contribuir de forma muito significativa para cada um de vocês,queridos leitores.

Paz e Luz ...


Att: Bruna Rezende Simões

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

COMO FALAR COM SEUS FILHOS DE FORMA EFICAZ ?

Educar é uma das tarefas mais difíceis da vida, e ao mesmo tempo das mais significativas. Infelizmente, por vezes a sabedoria popular e alguns equívocos sobre como criar responsavelmente as crianças pode conduzir a comunicação ineficaz e consequentemente a comportamentos desajustados e impróprios.Alguns pais e educadores usam estratégias parietais autoritárias que não permitem que a criança desenvolva independência intelectual ou senso de eficácia e autonomia.Outros pais ou educadores,são excessivamente permissivos não ensinando as crianças sobre os seus limites e autocontrole.Os estudos mais recentes mostram que os dois extremos podem interferir com a capacidade das crianças para regular as emoções e formar relacionamentos saudáveis ​​quando forem adultos.
O melhor tipo de educação é levar a criança em consideração, entendendo a sua individualidade, sendo-se justo, flexível, respeitoso, ao invés de ter como meta uma criança submissa. Ouvindo e respeitando os sentimentos da criança, permitindo que ela escolha, e implementar limites justos e claros sobre o comportamento inaceitável é o equilíbrio saudável que todos os educadores devem ponderar.

FALAAAAAAR  MUITOOOO

Quando os pais falam demasiado, repetindo-se num discurso moralista, as crianças tendem a desligar-se da conversa. "O cérebro humano é limitado na quantidade de informações ou ideias originais que consegue reter na memória de curto prazo de uma só vez. Isso equivale a cerca de trinta segundos de conversa ou uma ou duas frases". ( Revista SUPER INTERESSANTE Pub.2010)

Exemplo ineficaz: Eu não tenho a certeza acerca do que devemos fazer sobre o ballet e a ginástica neste semestre. Provavelmente você não pode praticar os dois porque a ginástica é às terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras às 16 horas, e temos de resolver se você usa o cabelo apanhado, de modo a não gastar tanto tempo, a menos que você arrume todas as suas coisas do ballet na segunda-feira à noite, o que significa que tem de lavar o cabelo no domingo …

Há tantas ideias diferentes nesta mensagem que a criança vai ficar confusa e desligar-se da conversa. Além disso, a mensagem tem um tom geral negativo e ansioso, que pode causar dúvida na criança e levá-la a reagir com ansiedade. Não é necessário dizer todas as informações de uma só vez. Em vez disso, deverá dividir os assuntos e abordá-los separadamente, não antes de finalizar o anterior. Em primeiro lugar deixe a criança expressar a sua preferência, antes de referir todos os obstáculos.

Exemplo eficaz: Se você quiser praticar ballet e ginástica neste semestre, você vai ter que ir direto de uma atividade para a outra algumas noites. Vamos sentar e descobrir se isso faz sentido para você e para mim...

Neste exemplo, o pai ou educador limita a conversa a duas frases, o que torna mais fácil para a criança absorver a informação. Também está a ser claro sobre o objetivo geral (fazê-la funcionar para ambos), e sugere os próximos passos a serem dados, solicitando ações (sentar e discutir a questão). Finalmente, comunica a vontade de colaborar e considerar as necessidades da criança, bem como a sua própria.



MÚLTIPLOS AVISOS EM TOM FURIOSO

A maioria dos pais estão familiarizados com a pressa de sair de casa pela manhã e ter de preparar tudo a tempo, almoços, roupas de ginástica, instrumentos musicais, lição de casa assinada, e assim por diante. Este é um enorme desafio para qualquer pai, principalmente quando a criança não é colaborativa. Muitos pais ficam fora de controle e tentam desesperadamente controlar a situação incómoda, criticando ou gritando. O problema com a irritabilidade é que você está realmente treinando as crianças a ignorá-lo, porque elas sabem que você irá fazer isso múltiplas vezes.
Ao fazer a mesma chamada de atenção, sem resultados, você está “dizendo” indiretamente à criança que aquilo que você pede ou ordena não surte efeito. As crianças muito jovens, podem precisar de mais assistência e instrução, orientando-os na responsabilização de determinadas tarefas.

Exemplo Ineficaz:  (para uma criança de 10 anos de idade): “Eu estou a acordar-te uma hora mais cedo, porque você nunca está pronto na hora. Você precisa ​​vestir-se agora. Você tem os deveres de casa para eu assinar?” Dez minutos mais tarde. “Eu disse para você ficar pronto e ainda está na cama. Você vai fazer atrasar todo o mundo aqui em casa. Vá escovar os dentes e arrumar as suas roupas.” Dez minutos mais tarde. “Onde estão o seus deveres de casa? Eu pedi para você trazer para eu assinar? E já se vestiu. Nós vamos atrasar-nos.” E assim por diante.

Este pai ou mãe está querendo tomar controle sobre a situação, e indiretamente comunica à criança que ela não confia nela mesma para gerir a situação sem necessitar de chamadas de atenção e interferência. Esta comportamento parental chamado de “parentalidade helicóptero”, pode dificultar a autoconfiança da criança, ficando excessivamente dependente. O tom também negativo e intrusivo que usualmente é utilizado nestas situações, é susceptível de criar ressentimento e resistência ou agressão passiva na criança.

Exemplo eficaz: Vamos sair para a escola daqui a 45 minutos. Se você não tem tudo que precisa, é melhor começar a pensar em como explicar para os seus professores.

Estas instruções são breves e transmitem uma expectativa clara, com uma consequência imediata por não cumprir com as suas responsabilidades. As instruções parentais são livres de julgamento, ansiedade e tentativas de controlar. O pai ou mãe permitem que o filho aprenda com as consequências naturais do seu próprio comportamento.

USAR A CULPA E VERGONHA PARA OBTER 

SUBMISSÃO

Devido à falta de maturidade das crianças, elas não conseguem naturalmente levar em consideração as necessidades e interesses dos adultos. Eles desenvolvem empatia lentamente à medida que amadurecem, através da aprendizagem por modelagem (modelam o seu comportamento através daquilo que veem os adultos fazerem). É por isso que a expectativa de que crianças e jovens consigam ver as coisas do ponto de vista do adulto pode não ser razoável. O fracasso em não desenvolverem naturalmente esta capacidade ou consciência não significa que as crianças ou jovens sejam maus ou indiferentes. Eles estão apenas a comportar-se como uma criança, focados em divertirem-se no momento, e testar os seus limites para aprender sobre o que é aceitável, ou até onde os deixam ir.

A maioria dos pais estão tão estressados ​​com as múltiplas tarefas que têm de realizar, que muitas vezes se esquecem de cuidar de si mesmos. Isso pode levar ao ressentimento quando as crianças parecem não estar a cooperar. É importante dedicar algum tempo para regular os seus próprios sentimentos, no sentido de restabelecer o equilíbrio emocional antes de deixar que essas emoções negativas atrapalhem a sua comunicação com a criança.

NÃO ESCUTAR

Caros leitores, quem tem filhos,gosta de ensiná-los a respeitar as outras pessoas. A melhor maneira de fazer isso é através da modelagem do comportamento, através do ensino pelo exemplo, expressando comportamentos respeitosos e carinhosos nas nossas interações. Isso ajuda a criança a aprender o valor do respeito e empatia, e ensina-lhe as habilidades para uma comunicação efetiva. Muitas vezes, a escuta atenta é a coisa mais difícil para os pais e educadores realizarem, porque as crianças tagarelam bastante, ou porque as nossas mentes estão ocupadas com inúmeros assuntos. Neste caso, não há problema em dizer para a criança: “É difícil para mim ouvir-te neste momento, porque eu estou ocupado a cozinhar, mas falamos daqui a 15 minutos.”É melhor reservar um tempo para a comunicação clara do que ouvir sem entusiasmo ou ressentido. Lembre-se, porém, que é difícil para as crianças esperar por longos períodos até serem ouvidas.

Exemplo ineficaz: Resposta parental para uma criança dizendo que marcou um gol no futebol. (sem fazer contato visual) Oh, isso é bom, querido. Agora vai e brinca com a tua irmã (murmurando para si mesmo). Qual a temperatura ideal para cozinhar o frango?

A escuta eficaz envolve todos os comportamentos não verbais, tais como manter contato com os olhos, expressão do rosto e tom de voz, e usar palavras para refletir e comprovar o nosso entendimento. Este pai está ensinando o seu filho a não incomodá-lo, e que as coisas que são importantes para a criança não são importantes para ele. Isso pode fazer uma criança sentir-se sozinha e não suficientemente boa.

Exemplo eficaz: Resposta parental para uma criança dizendo que marcou um gol no futebol. Você marcou um gol. Fantástico! Vejo que estás muito orgulhoso da tua perícia. Eu quero saber tudo acerca de como jogou hoje.

Este pai está exibindo interesse e entusiasmo, convidando a criança a elaborar e descrever o que aconteceu. Ele está efetivamente sintonizado na expressão não verbal da criança, refletindo os seus sentimentos, ajudando assim a criança a ganhar consciência das suas próprias reações. Este tipo de resposta leva a criança a sentir que ela é importante e digna de atenção e cuidado. Este tipo de ressonância empática ajuda a criança a desenvolver mais consciência emocional.

Educar é um trabalho difícil, e obviamente, às vezes, todos nós cometemos erros. A comunicação eficaz com os filhos consome tempo e energia. Os pais precisam tornar-se conscientes dos próprios sentimentos e reações automáticas, e abrandar o suficiente para ser capaz de escolher uma forma mais construtiva de comunicação. Mostrar as consequências do comportamento não desejado ensina a criança a ter limites, enquanto a escuta ativa e a promoção da autonomia ensina às crianças o respeito. Certifique-se de cuidar de si mesmo o suficiente para que tenha este tipo de sabedoria consciente com os seus seus filhos. Isso pode significar reexaminar as suas prioridades e deixar algumas coisas para fazer mais tarde. Vale bem a pena. A crianças que têm pais respeitosos, envolvidos e consistentes, aprendem a regular as suas próprias emoções de forma mais eficaz, sentindo-se melhor sobre si mesmos, e são capazes de ter relacionamentos mais satisfatórios quando adultos.

Por fim,lhes digo que me aprofundei neste artigo,pois foi um pedido especial da minha irmã,pedagoga, docente de inglês e MÃE, com a finalidade de alertar para as formas ineficazes de comunicação que levam á submissão e lutas pelo poder, resultando infelizmente, em danos para a autoestima da criança.

Grata!

Att: Bruna Rezende Simões

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Felicidade,um anseio.


Felicidade,um anseio.


Qual é o sentido da vida?
Para muitos,tenho certeza de que é a busca pela Felicidade.
Quem é que não quer ser feliz?
Acredito que somente os psicóticos não,porque perdem a consciência do existir.

E o mais interessante,é quando tentamos conceituar "Felicidade".
Uma professora de Psicologia da Universidade de Harvard,conceituou Felicidade,como sendo "tudo aquilo que nos falta,e que esperamos conquistar para sermos felizes".
Talvez tenha sido o conceito mais interessante que já li,pois na minha concepção,Felicidade é tudo aquilo que pensamos necessitar,não temos e vamos em busca.
Existem alguns fatores básicos,no qual se ela se assenta,e a saúde,é o primeiro deles.

Claro,quem tem saúde,não pensa em ficar doente.É bastante curiosa essa insatisfação humana do mais,mais,mais.Temos saúde,mas precisamos ter uma barriga "tanquinho".Então não há necessidade alguma de fazer a plástica,porque a saúde está perfeita!Mas tudo bem,que façamos a cirurgia,se isso nos convir.Entretanto,caros leitores,devemos partir deste ponto. Ouso dizer que a Felicidade está conosco,e nós simplesmente,ignoramos,não nos damos conta dela.E o que gera isso?
Justamente essa ansiedade,essa insatisfação do mais,do mais e mais novamente.

As pessoas,de forma geral,buscam um "tipo" ideal,alguém com que se possa e deva parecer,e isso pode ser uma atriz,ator,cantor,alguma celebridade,enfim. Queridos,não busquem essa angústia! Isso pode se tornar algo sério,drástico.Devemos assumir nossa individualidade única,e nos aceitarmos,nos amando,como de fato somos!
Outro dos fatores que compõe a Felicidade,é a questão financeira.Se observarmos melhor,podemos notar que dentro dos princípios religiosos,ouvimos muito falar-se sobre a Proclamação da Pobreza,inclusive muitos confundem (Pobre com humilde), dizem "fulano é tão humilde,mora em uma casinha de sapê".
Infelizmente,essa é mais uma,das diversas ignorâncias humanas,afinal pobreza não simboliza humildade,porque humildade não tem nada a ver com "ter" e sim,em como se dá a maneira de "ser".

Mas em relação a condição financeira,ao dinheiro,eu lhe digo que é importante,sim. Busque a prosperidade,a evolução profissional,mas faça isso,de forma com que isso não seja prejudicial! Trabalhe o bastante para ter uma vida confortável,e não para comparar a do outro,e poder dizer,"eu sou melhor,pois adquiri mais do que você".Não! Construa o bastante para si,o necessário,não permitindo que essa ansiedade,essa insatisfação humana do mais e mais,se aposse de você!
Por fim,deixo uma mensagem para reflexão pessoal.

É muito bom "ter",mas de nada adianta ter,se eu não souber vivenciar isso com amor.Deposite em si mesmo a felicidade,não seja ingênuo á ponto de dar ao outro o poder,para te fazer feliz,ou pior ainda,depender dele para que você seja. Se baste!
Precisamos ser felizes,aqui e agora. Esse sim,é o verdadeiro desafio humano.
Seja feliz do seu modo,mas seja FELIZ!!!

Att: Bruna Rezende Simões